Você certamente já recebeu, e possivelmente até repassou, notícias falsas, as chamadas “fake news” em redes sociais e aplicativos de mensagens. Muitas pessoas acabam compartilhando informações sem ao menos se preocupar se aquilo é ou não verdade.
Um estudo realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts concluiu que notícias falsas se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras. Um número um tanto assustador.
O que muita gente não sabe é que o usuário que publicar ou compartilhar informações falsas nas redes sociais – especialmente em período eleitoral -, poderá ter seu post suspenso, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além disso, divulgar “fake news” sobre assuntos relacionados a saúde, segurança pública, economia nacional e processo eleitoral, pode virar crime com pena de até 3 anos de prisão. Se a prática visar a obtenção de algum tipo de vantagem, a pena poderá ser aumentada em até dois terços. A proposta ainda está em tramitação no Senado.
Você deve estar se perguntando: como identificar a veracidade de uma informação? Por isso separamos algumas dicas valiosas. Confira:
Recebeu algum alerta ou denúncia sem link ou de um site que você não considera confiável? É melhor não repassar! Se for verdade, em breve estará em sites especializados e, aí sim, você pode compartilhar com seus contatos.
As pessoas têm o costume de não lerem o texto completo e acreditarem que o título está dizendo a verdade. Deixe a preguiça de lado. Se o design da página não inspira confiança e os erros de português são grotescos, é bem provável que esteja lidando com fake news.
As fake news estiveram muito presente nas eleições presidenciais nos Estados Unidos e a gigante PepsiCo foi alvo delas. Com marcas como Pepsi, Gatorade, Toddy, Ruffles e tantas outras em seu portfólio, a empresa conhecida pelo alto volume de investimentos em fusões e aquisições foi boicotada por simpatizantes de Trump após uma declaração que a CEO da empresa nunca fez. Notícias falsas rapidamente se espalharam afirmando que Indra Nooyi disse para eleitores de Trump ”comprarem produtos da marca em outro lugar.” O resultado? A empresa teve uma queda de de 35% na venda de produtos e ainda viu o preço das ações despencar. O prejuízo só não foi maior pois rapidamente a PepsiCo agiu e desmentiu o boato em seu site e em outros meios, como Facebook, Twitter e blog. Notícias importantes se propagam rapidamente, e se apenas um site está falando sobre isso é melhor desconfiar! Pesquise a notícia no Google e em seus canais oficiais de comunicação.
Sites sensacionalistas apelam por utilizar manchetes chamativas em busca de acessos e, em muitas das vezes, deixam a apuração em segundo plano. É melhor esperar a informação ser confirmada por veículos da grande mídia.
Muitas pessoas, seja por brincadeira ou inocência, compartilham uma notícia velha como se fosse atual. Antes de repassar a informação, verifique a data de publicação e suspeite caso essa data não esteja clara no site de origem. Na dúvida, é melhor não compartilhar.
Notícias falsas podem colocar em risco a vida e a reputação de alguém. Vários veículos já adotaram sessões em seus sites para checagem de boatos. Há outros sites que dedicam exclusivamente seu conteúdo para isso, como o e-farsas.com e o boatos.org. Esperamos que essas dicas te ajudem a identificar as fake news.
Até o próximo post!
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